In September of 1992, just arrived at Técnico, I saw an Freshman welcoming party announced. I decided to check it out and something in that ambience soon captivated me. In that night, there was a performance by the newly created Estudantina Universitária de Lisboa. Amongst the Tunos, I remember perfectly of seeing our own Manuel "Chaparro" Correia, playing the tambourine, in his very own unique and energetic style, that to this day caracterizes the tambourine players of TUIST. In the end of the performance, he issued a challenge to the attendants: "We want to form a Tuna here at Técnico, whoever's interested should show up at the rehearsals."

And so it was. During a few months we rehearsed and created a group of friends that until this day still holds together.

Pedro Sá "Zinho"

 
       
 
There are a lot of stories to tell.........

If I have to choose a moment, I choose the one right before entering the stage of the I TUIST, at Alameda.
In fact, after so many days of work and with the inexperience that characterized us at that time, my nerves started lying bare and we all had a little bit of eagerness proper of the debut. Besides, the responsability of organizing the entire Festival fell upon some of us who had given a lot of their own time in that project.

I remember perfectly of looking at Alameda and seing it full of people (I can't specify how much people, but I would say around 2-3 thousand - it was unbelievable!). I recall quaking in one's boots due to the entire weight of what was about to happen falling upon me. Before the Tuna performance we warmed up and gave the motivating speech (yes, organized since the beginning) before entering stage. It was right there that emerged one of the most magical moments I recall. One spontaneous F-R-A in sort of a RAP form, that had, not only the effect of relaxing us, but also of largely motivating us, becoming one of the most important moments for some of us. At least for me!

I also want to say that this I TUIST was the birth of what is now the SAIST (the I was also organized by members of the Tuna, despite beeing in the name of the Association) and that, obviously, today it's a completely different thing... but it's nice to recall how it all started!

Manuel "Chaparro" Correia
 
       
       
 

Fui parar à Tuna por acaso...

Vivia na altura com o Manel Correia, meu conterrâneo e amigo desde os tempos da secundária.

Um belo dia desafiou-me "Epá, vamos criar uma Tuna no Técnico. Amanhã há um 1º ensaio (era mais uma 1ª reunião dos interessados)... bora lá!"

Eu, que já o tinha acompanhado em algumas deslocações com a EUL, da qual ele era membro, e até tinha achado piada "à coisa", pensei: "Porque não?" No dia seguinte, à hora marcada, lá estava eu "no ensaio".

Meus amigos, quando olhei para a plateia confesso-vos que pensei "Mas onde raio me vim meter?!?!?!"

Ao ver aquele conjunto de pessoas, tão díspar e com elementos que eu via claramente que pouco tinham a ver comigo e até uns com os outros, não acreditei à partida que aquilo pudesse dar grande coisa... Para completar o ramalhete, a matéria-prima, musicalmente falando, em termos médios não era famosa (eu por exemplo, arranhava mal e porcamente meia dúzia de acordes na viola).

Mas, como havia algumas pessoas que eu já conhecia e com quem me dava bem, fui ficando. Outros foram chegando. O "bichinho" foi crescendo, a pouco e pouco as coisas iam aparecendo, e uma lição me ficou para a vida: Com vontade, dedicação, persistência e alguma arte, tudo se consegue!

Daquele conjunto inicial, cimentou-se um grupo muito coeso que veio a ser o embrião da TUIST.

Apesar de, como referi, em termos médios a matéria-prima não ser famosa, felizmente tínhamos algumas pessoas que marcavam a diferença e que se complementavam, que ajudaram os outros a crescer ao mesmo tempo que elas próprias cresciam com o grupo, criando-se uma dinâmica muito forte, que com trabalho, sentido de equipa, humildade e respeitando sempre um conjunto de valores praticamente intrínsecos, viria a projectar a TUIST como uma das referências no panorama das tunas nacionais.


João "Djoni" Carvalho

 
       
 
Em 90 (no meu primeiro ano), num arraial organizado pela AEIST soube-se que queriam colocar tunas a tocar (tunas de cursos do técnico, ou grupos, já não sei bem). Um dos grupos que se estava a juntar para ir tocar era formado por malta de Física e Matemática (eu estava em Electro) e juntei-me a eles porque estava lá o Luís Piedade, que tinha sido da minha turma no 12º. Já não me lembro o que tocámos. Outra das tunas que tocou nessa noite era do curso de Informática, em que participou o Manuel Correia, o Montes, o Subsolo, e outros...

Foi uma actuação esporádica e os grupos não evoluíram, mas ficou a ideia. No ano seguinte, a pensar numa nova actuação deste tipo, foi formado um grupo de malta de Electro (lembro-me da música Galandum Galandáina, levada pelo ... esqueci-me o nome... ajudem-me... que também pertencia a este grupo) para ser a tuna de Electrotecnia. Ensaiámos várias vezes, mas nunca chegámos a tocar pois já não houve festa alguma da AEIST. No início do ano lectivo seguinte, Outubro de 92, o Manuel Correia veio falar comigo a dizer que estavam (a malta da tuna de informática) a pensar formar uma tuna no técnico e se eu não queria participar. Eu já o conhecia, pois passávamos férias na mesma praia (o Carvalho também) e costumávamos tocar e cantar umas músicas juntos na praia com os amigos.

E assim foi, muitos se juntaram nesse primeiro ensaio e começámos a ver o que é que cada um poderia tocar. Como tinha comprado um cavaquinho por piada e era um instrumento que mais ninguém tinha (já tinha começado a treinar durante os ensaios da tuna de electro), fiquei a tocar cavaquinho pois violas já havia muitas (na verdade, na tuna tapei muitos buracos e só não toquei flauta e pandeireta).

Do grupo inicial, uns sabiam tocar, outros nem por isso, e, dos que sabiam música, a maioria tocava viola. Fomo-nos organizando e aprendendo cada um o seu instrumento e a primeira actuação foi na festa de natal do técnico (com 2 meses e meio de ensaio) em 92, toda a gente com traje incompleto (menos o Correia que tinha o traje do liceu de Évora) só com calça, camisa e Capa, pois o alfaiate de Évora que nos estava a fazer os trajes não conseguiu ter prontos o colete e a batina. O que ficou para a história foi a actuação de 20 de Março de 93, por ter sido o nosso primeiro festival e ainda por cima organizado por nós (tínhamos que começar por organizar um festival para sermos conhecidos pelas outras tunas). Essa ficou a data da fundação, mas já existíamos antes!


Jorge "Meistre" Semião
 
       
       
 
Tenho ideia que a primeira reunião foi em Setembro de 1992, no anfiteatro FA1. Já antes disso tinha assistido a algumas exibições das então Tunas dos diferentes cursos. Aliás, já desde 1990 que assistia com alguma regularidade, por relação próxima com alguns elementos, aos ensaios da Tuna do ISCTE.
 
Lembro-me de ver afixados no pavilhão das Novas Licenciaturas alguns cartazes a agendar uma reunião / ensaio para que se tornasse possível o projecto de fundação de uma Tuna no Técnico.
 
Estava nessa altura com o Nuno Almeida, também ele fundador da Tuna, grande amigo de infância e com quem toquei amiúdas vezes em colónias de férias, festas de família, etc... Ele na Viola Braguesa, eu na Guitarra e Cavaquinho. Uma das músicas que costumávamos tocar era o Marião... lembram-se?
 
Lá fomos então à tal reunião, onde tivémos oportunidade de conhecer a malta que estava por trás da Tuna de Informática e mais alguns elementos. Foi uma reunião muito característica, ou se quiserem, sabendo o que é a TUIST hoje, muito incaracterística. De facto, a heterogeneidade das pessoas presentes era gritante! Uns sabiam tocar, outros nem por isso... Uns sabiam o que era uma Tuna, outros nunca tinham ouvido falar... Uns tinham um estilo Heavy-Metal, outros mais George Michael, outros nem sei bem descrever... A mescla era enorme... Curioso é o facto de ter sido exactamente essa heterogeneidade que construiu o grupo. Que nos trouxe para debates de ideias, de opiniões, de visões distintas e que levou à construção de um grupo de amigos, com regras e acima de tudo com um grande respeito mútuo!
 
É verdade, o meu primeiro instrumento na Tuna foi o cavaquinho... mas passou-me depressa... Assim que o Pato apareceu com um bandolim e demonstrou a sua importância como instrumento de solo, passei horas e horas a fio a tentar desvendar os seus mistérios... Acho que nunca consegui, mas pelo menos tentei! Obrigado mãe pelas horas e eterna paciência! :)
 
Salto directamente para a data mágica de 20 de Março de 1993. Era eu então colaborador da AEIST e ajudei na organização do Encontro de Tunas na Alameda... Coisa nunca antes vista no IST!! Tunas?? Cerca de 3.000 pessoas a encher a Alameda?? Ninguém quis acreditar nos seus olhos... confesso que nem eu! Felizmente tenho gravado em VHS para sempre recordar com carinho, saudade e principalmente com muito orgulho de ser um TUIST!!
 
O sucesso do encontro foi de tal forma, que passados menos de 2 meses, a 14 de Maio de 1993 se organizou o 1º Super Arraial do IST, também ele com Tunas... nasceu uma lenda... os Arraiais do IST!
 
Mas, principalmente, nasceu uma Tuna, com espírito, com vontade, com sobriedade, com qualidade, com respeito mútuo e com muito brio que transpira e, até aos dias de hoje e que espero, por muitos e muitos anos, transporta por todos esses palcos de Portugal e arredores...
 
Um bem haja a todos os que acreditam que é possível construir!!

Bruno "Brazinha" Cardoso

 
       
 

Desde o início da TUIST (ou seja, já é quase como desde sempre) que amigos, colegas e familiares insistiam em me perguntar algo do género "mas afinal o que vês na Tuna?". Isto porque, desde logo e por mais de uma década, a minha relação com a Tuna e o tempo que lhe dedicava, afigurava-se, nas palavras da maioria dessas pessoas, como uma obsessão. Sendo Engenheiro por vocação, sempre tive extrema dificuldade em classificar ou até mesmo exprimir sentimentos, mas, neste caso, qualificá-los-ia antes, ao invés de obsessão, e sem medo de ferir a verdade, como paixão. Esta artimanha permite assim escudar-me no facto de serem as paixões difíceis de explicar, ainda mais as que duram tanto. Imagine-se o que seria tentar transmitir a alguém que nunca tivesse vivido uma paixão, a intensidade dos momentos e memórias que as mesmas preservam. Por isso, quase sempre, a minha resposta a essas perguntas resumiu-se a um encolher de ombros e um sorriso de condescendência, pois pobre daquele que nunca viveu uma paixão.

Os momentos e as memórias, essas, guardo-as para mim, recordo-as com quem comigo as viveu, e, sempre que possível e me é requerido, com os nossos "putos": Os primeiros ensaios. A apresentação oficial no Técnico. O primeiro festival, curiosamente na faculdade onde hoje lecciono, em que fomos vaiados mal nos apresentaram (penso que seríamos talvez uns "marrões" arrogantes), mas cuja saída de palco foi com o público a aplaudir de pé e com uma nova forma de actuar que fez e faz escola. As serenatas... logo no início, tão simples e intensa, a uma velhota cujas lágrimas nos embargaram a voz. À minha namorada, em Coimbra, as suas tradições, ela no nono andar e nós cá em baixo, um frio que nos enregelava os dedos. Por Lisboa à noite. A primeira ida a Granada... o nosso botellon numa esquina em Almeria, horas a fio à conversa, indiferentes às espanholas que passavam e se metiam connosco. Uma quarentuna espanhola que se juntou a nós em Múrcia, para tocarmos "A Estudantina Portuguesa". O Peru, onde fomos um fenómeno nacional. A actuação dos fados e os arrepios que ainda sinto quando a ouço. Ter o privilégio de assistir ao nascimento de músicas. O 1º de Dezembro em Évora. As Tunas e o público de Braga, sem dúvida. E tantas outras Tunas, Tunos, Academias e cidades que nos marcaram.  

E sim, os amigos, os do peito e os dos copos, as "donzelas" e sempre, sempre, acima de tudo, a Música!

Falar da Tuna? Não é tarefa simples, pois permanece sempre a mesma ingrata sensação de tanto, tanto que fica por contar. Hoje, em que estou cada vez mais afastado do seu dia-a-dia, prefiro tomar emprestada a pena do Poeta: é uma quase insuportável nostalgia.

João "Egue de Golha" Pina

 
       
 
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